terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Asteróide, Meteoróide, meteoro, meteorito e cometa : Quais as diferenças?

Antes de explicarmos a diferença básica entre eles, é preciso saber a definição de asteróide. Asteróide é um corpo celeste com centenas de quilômetros que percorre o espaço. Podem ser chamados também de planetóides, dependendo de suas proporções. Muitos deles se localizam no cinturão de asteróides, uma área entre Marte e Júpiter, devido à atração gravitacional entre os próprios asteróides e esses planetas.  Já foram estudados mais de quinhentos mil asteróides e suas órbitas é a área de maior estudo dos cientistas.
Eles podem ser classificados como categorias C (compostos de carbono, com pouco brilho, são bem escuros – os mais abundantes no cinturão, chegando a 75%), S (compostos de sílica, com um brilho mediano – os segundos em maior quantidade, cerca de 17%), M (compostos de grandes quantidades de níquel e ferro) ou do tipo V (compostos de basalto – pouco encontrados na região do cinturão).
Os asteróides que se aproximam de nosso planeta são denominados EGA (em inglês, earth-grazing asteroids). Um asteróide muito conhecido por cientistas é o 433 Eros, descoberto em 1898, composto basicamente de sílica (tipo S) sendo o segundo maior asteróide que passa próximo da Terra.

Asteróide 433 Eros. Foto: NASA/NEAR PROJECT (JHU/APL).

Os mistérios sobre a criação do grande cinturão de asteróides ainda intrigam muitos cientistas. Há diversas teorias, dentre elas as principais se referem que na região do grande cinturão existia um grande planeta, que acabou colidindo com Júpiter.  Outra teoria afirma que os asteróides também foram formados a partir da nebulosa que gerou nosso sistema solar, porém devido à enorme gravidade de Júpiter, o processo de criação de um planeta não se tornou mais possível.
 Meteoróide são corpos que percorrem o espaço como os asteróides, porém, suas dimensões são bem menores.  Eles se originam de impactos entre asteróides e planetas, seus desmembramentos, ou até mesmo de restos de matéria não condensados da criação do sistema solar.
Meteoro ou estrela cadente é o nome dado ao fenômeno de atrito de um meteoróide em contato com nossa atmosfera. Eles podem ser encontrados na forma de uma chuva de meteoros, que é causada pelos restos de matéria deixados pela trajetória de um cometa. O mais interessante sobre a chuva de meteoros é que, segundo o observador, se originam de um único ponto denominado radiante. Há outra forma encontrada, denominada esporádica, devido a sua quantidade e por não possuir uma radiante. Meteoros são consumidos completamente pelo atrito da atmosfera.

Chuva de meteoros de Leônidas. Foto: NASA.

Meteoritos são objetos resultantes da atração gravitacional terrestre que não são totalmente consumidos pelo atrito da atmosfera. Há casos raros em que os impactos com o solo os fazem vaporizar e desaparecer, gerando um pequeno terremoto, como ocorrido na Sibéria em 1908, abrindo uma cratera de 50 quilômetros e matando todos os animais da região. O maior meteorito encontrado é o de Hoba West, na África do Sul, pesando 60 toneladas.
Meteorito de Hoba West. Foto: NASA.

Nosso país também é vítima desses acontecimentos. O maior meteorito encontrado, o “Bendegó”, pesa 5,3 toneladas. Encontrado na Bahia em 1784, atualmente encontra-se no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Em 2010, acompanhamos pelos noticiários a queda de pequenos meteoritos na região de Minas Gerais, despertando a curiosidade dos moradores locais e de outras regiões.

Meteorito do Bendegó. Foto: Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Cometa refere-se a um astro cuja extremidade é um núcleo de luminosidade intensa. Ao redor deste núcleo, surge uma espécie de aura de claridade difusa, que se prolonga gerando um brilho denominado cauda. Ao passar pelo Sol, a matéria sólida presente no núcleo se aquece, expelindo algumas moléculas. Elas se afastam, constituindo a cauda.
Existem diversos tipos de cometas, grandes e pequenos, apagados e brilhantes. Os mais conhecidos, por serem os maiores e os mais brilhantes, são o Encke, Biela e Halley.

Cometa Encke e sua trajetória. Foto: NASA.
O Cometa Halley realiza uma órbita completa em 76 anos, foi descoberto pelo astrônomo Edmond Halley em 1705. Sua próxima aparição está marcada para 29 de julho de 2061.

Cometa Halley. Foto: NASA. NSSDC.

Referências Bibliográficas (textos adaptados)

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